quinta-feira, 23 de junho de 2011

Lição de Amor S2...


Hoje gostaria de compartilhar com vocês uma bela história que me contaram anos atrás, essa história sempre me faz pensar, em como somos  preconceituosos e seletistas com os outros, julgamos no olhar, sem ao menos conhecermos. Espero que gostem e reflitam sobre o tema.  


Era uma vez um menino que tinha uma cicatriz em seu rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado por conta desta cicatriz; na realidade, quando as pessoas o viam franziam a testa devido a "anormalidade" em seu rosto. Seus colegas de classe sugeriram ao diretor que proibisse a entrada do menino da cicatriz na escola, desejavam que ele não freqüentasse mais as aulas. O diretor ouviu a reclamação dos alunos e disse aos mesmos, que não poderia fazer tal coisa, mas que conversaria com o menino e surgeriria a ele que fosse o ultimo a entrar em sala de aula e o primeiro a sair. Desta forma nenhum aluno viria o seu rosto, a não ser que olhasse para trás, evitando mais problemas. Levada ao conhecimento do menino o que havia acontecido e a sugestão, o menino prontamente disse ao diretor: - até aceito me submeter a isso com a seguinte condição:   quero ter a oportunidade de explicar aos alunos o motivo desta cicatriz. A turma concordou com a condição imposta pelo menino e, no dia seguinte, ao entrar em sala o menino, dirigiu-se a frente e começou a relatar: -Sabe, turma, eu entendo vocês; na realidade eu concordo com vocês, pois sei como esta cicatriz é feia, mas quando me lembro da forma em que adquiri, não sinto-me envergonhado. A história desta cicatriz é esta: Venho de uma família muito humilde, minha mãe na época para ajudar na alimentação e despesa de casa passava roupa para fora; eu tinha em volta de 7 a 8 anos de idade… 
(Os alunos estava em silencio, atentos a tudo que estava sendo dito...)
E o menino continuou: Além de mim, havia mais 3 irmãozinhos: um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. Foi aí que, não me lembro como, a nossa casa que era muito simples e feita de madeira, começou a pegar fogo; minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, as paredes logo começaram a fumaçar e a pegar fogo. Minha mãe colocou-me sentado no chão, do lado de fora da casa e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois ia entrar novamente e pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama. Pessoas chegavam de todas as partes para ver o que havia acontecido. Quando minha mãe tentou entrar na casa, as pessoas que ali estavam a seguraram com medo de desabamento, pois o fogo se alastrou depressa. Eu via minha mãe gritar chorando: - minha filhinha esta lá dentro! Vi no rosto de minha mãe, o desespero, o horror... ela lutava insistentemente, tentando se soltar daquelas pessoas, mas ninguém a soltava, pelo contrário, vinham mais pessoas para segurá-la...
Foi então que decidi entrar e salvar minha irmãzinha… 
Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu ou a mamãe voltar. Saí entre as pessoas e quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, o que dificultava minha visão, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha, isso motivava-me a avançar. Eu sabia exatamente o caminho do quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito… Neste momento, vi algo caindo em nossa direção; então joguei-me em cima dela para protegê-la, senti algo quente atingindo o meu rosto, mas não consegui ver exatamente o que era, só sei que aquilo é que fez isso em mim... Vocês podem achar, assim como eu, esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que a acha linda, e todos os dias quando chego em casa, minha irmãzinha, me beija no rosto, me agradece e diz que esta marca é a marca que demonstrou o meu amor a ela...
(Os alunos envergonhados pediram desculpas ao menino da cicatriz e aprenderam uma lição com isso...)


 Vivemos em um mundo cada vez mais egoísta, onde tudo o que se vê é o oposto da frase: "não devemos julgar um livro pela capa", pois as pessoas vivem julgando umas as outras, seja pelo seu modo de ser, agir, falar, se comportar ou aparentar. 
Esses pré-julgamentos que fazemos as vezes sem perceber, geram muitas das vezes feridas na alma da pessoa julgada, e estas feridas se não tratadas podem acarretar anos de dor...
Todos estamos sujeitos a ferir e a ser ferido, não estou me referindo a ferida visível, mas sim aquelas feridas em que não podemos enxergar com os olhos, por isso estejamos mais atentos a maneira de agir e falar com as outras pessoas, não julgando-as antes de conhecê-las.

Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. (Romanos 2.11)

JESUS CRISTO adquiriu algumas cicatrizes por nós


  
 Essas cicatrizes eram para ser nossas, mas Ele pulou em cima da gente para salvar-nos...


Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (Isaías 53.5)

Seja Abençoado!!!

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